SAÚDE PÚBLICA: ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA QUALIDADE DE VIDA DA CRIANÇA NA ATENÇÃO BÁSICA DENTRO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

PUBLIC HEALTH: PHYSIOTHERAPEUTIC ROLE IN THE QUALITY OF LIFE OF CHILDREN IN PRIMARY CARE WITHIN THE UNIFIED HEALTH SYSTEM.

Autores:
Mauro Gustavo dos Santos1
Esp. Natália Gonçalves2
Doutora Klenda Oliveira3

1Discente do Curso Superior de Fisioterapia do Centro Universitário do Norte – UNINORTE.
2Especialista em Neurofuncional. Docente do Curso Superior de FISIOTERAPIA – UNINORTE.
3Docente do Curso Superior de Fisioterapia – UNINORTE.


RESUMO

Diante do contexto histórico, a atenção do fisioterapeuta é destinada, quase que exclusivamente, à cura de doentes e à reabilitação de sequelados. No entanto, o novo perfil epidemiológico e a nova lógica de organização do sistema de saúde sugerem a reestruturação das práticas profissionais e a redefinição do campo de atuação do fisioterapeuta. Apresentar uma discussão sobre o acompanhamento e desenvolvimento infantil na atenção primária pelo profissional fisioterapeuta, visto que o período da vida compreendido do nascimento até os seis anos de idade, chamado de primeira infância, constitui um período delicado para o desenvolvimento de diversas habilidades. Entre as áreas de atuação do fisioterapeuta, encontra-se a fisioterapia pediátrica. Nela, o tratamento é voltado para recém-nascidos, bebês, crianças e pré-adolescentes, as doenças tratadas podem ser congênitas ou adquiridas depois do nascimento. Sobre os problemas que necessitam de auxílio de um profissional de fisioterapia pediátrica, pode-se citar a Síndrome de Down, atrofia muscular, paralisia cerebral, problemas respiratórios e desvios posturais. Para que a criança se desenvolva corretamente, extinguindo, ou reduzindo os problemas motores, respiratórios ou neurológicos, nota-se a importância da fisioterapia. Com o auxílio da tecnologia que apresenta consideráveis avanços na área da saúde, novos métodos de prevenção de lesões se tornam mais comum. Logo, a fisioterapia pediátrica pode se beneficiar do uso dessas tecnologias e propiciar tratamentos eficazes às crianças.

Palavras-chave: Fisioterapia pediátrica. Atenção primária. Sistema Único de Saúde.

ABSTRACT

Given the historical context, the physiotherapist\’s attention is destined, almost exclusively, to the cure of patients and the rehabilitation of sequelae. However, the new epidemiological profile and the new logic of organization of the health system suggest the restructuring of professional practices and the redefinition of the field of action of the physiotherapist. Presenting a discussion about the follow-up and development of children in primary care by the physical therapist professional, since the period of life from birth to six years of age, called early childhood, constitutes a delicate period for the development of various skills. Among the areas of activity of the physiotherapist, there is pediatric physiotherapy. In it, the treatment is aimed at newborns, babies, children and pre-adolescents, the diseases treated can be congenital or acquired after birth. On the problems that require the help of a pediatric physiotherapy professional, one can mention Down syndrome, muscle atrophy, cerebral palsy, respiratory problems and postural deviations. In the case of the child developing properly, extinguishing, or reducing motor, respiratory or neurological problems, the importance of physiotherapy is noted. With the help of technology that presents considerable advances in the area of health, new methods of injury prevention become more common. Therefore, pediatric physiotherapy can benefit from the use of these technologies and provide effective treatments to children.

Key words: Pediatric physiotherapy. Primary care. Unified Health System.

1 INTRODUÇÃO

Em meados do século XX a fisioterapia surge como profissão, quando o período das Guerras Mundiais causou um grande número de lesões e graves ferimentos exigindo uma abordagem de reabilitação, além disso, acidentes de trabalho, gerou-se grande número de óbitos e mutilados, em sua maioria de homens em idade produtiva, desencadeando uma baixa na força de trabalho. Essa situação fez surgir à necessidade de reinserir indivíduos lesionados e mutilados ao setor produtivo, diante disso, surgiram os centros de reabilitação, com o intuito de restaurar a capacidade física dos acidentados e mutilados, e quando não mais possível restaurar a capacidade física original, desenvolver a capacidade residual, adaptando-a para outra função (NASCIMENTO, 2011). Desde a sua origem, a fisioterapia tem um caráter essencialmente curativo e reabilitador. Durante muito tempo, excluíram da rede básica os serviços de fisioterapia, resultando em grande dificuldade de acesso da população a esses serviços (NASCIMENTO et. al, 2013).

Nos últimos anos, constata-se a necessidade de reorganização dos currículos dos cursos superiores da área da saúde buscando considerar, além das diretrizes curriculares da profissão, as necessidades e realidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em relação às diversidades epidemiológica, demográfica, cultural, social e econômica. Tal esforço busca proporcionar, a todas as camadas da sociedade, ações integrais de saúde, em todos os níveis de complexidade, visando à promoção, à proteção e à recuperação da saúde dos indivíduos e das coletividades. No processo de construção e implantação do SUS, os fisioterapeutas brasileiros, assim como os demais profissionais de outras áreas do conhecimento, se defrontaram com novas demandas que os convocavam a expandir o foco de intervenção, ampliando sua atuação para além da esfera da reabilitação, de modo a produzir práticas de prevenção de enfermidades e promoção da saúde. Para que esse objetivo fosse alcançado, foi necessário repensar e reformular a formação dos profissionais de saúde brasileiros (ALMEIDA et. al, 2014).

Existe uma relação entre o regimento do SUS e o papel do fisioterapeuta, uma vez que o código de ética desse profissional estabelece como uma de suas funções a atuação com caráter de prevenção. Apesar deste processo ainda estar em construção, é crescente a participação do fisioterapeuta nos serviços referentes à atenção primária. Isso porque suas funções e atribuições são constituídas por conjunto de ações de saúde, incluindo nessa esfera a prevenção, assim como o diagnóstico cinesiofuncional, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde (BORGES et al., 2011).

Com a ampliação do campo de atuação, a Fisioterapia vive o crescimento acelerado de cursos de graduação, e, com isso, tem-se o aumento de profissionais que não tiveram as vivências necessárias nessa abordagem mais ampliada de saúde, a qual exige um perfil mais humanista que tem como perspectiva melhorar a qualidade de vida das pessoas. (BAENA; SOARES, 2011).

No modelo tradicional, as UBS configuram uma organização territorial, um espaço físico ou até político operativo do SUS para a prevenção e promoção de saúde. No Brasil, as UBS trabalham com dois modelos de atenção: o tradicional, no qual a organização dos serviços de saúde acontece por meio de demanda espontânea ou programada, ou através da Estratégia de Saúde da Família (ESF) (TRINDADE, 2012). Nas UBS, a atuação da fisioterapia pode ser desenvolvida através desses dois modelos com ações de educação em saúde, atividades domiciliares, atividades em grupos, atendimentos individuais, ações intersetoriais, acolhimento e investigação epidemiológica (PORTES et al., 2011).

Dentro das ESF, e com a ampliação da cobertura assistencial (FORMIGA; RIBEIRO, 2012), o Ministério da Saúde criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). O profissional da fisioterapia compõe essa equipe, que tem como proposta a integralidade do SUS, a ampliação das ações de atenção básica e a interação com outros profissionais (NASCIMENTO; OLIVEIRA, 2010). No NASF, o fisioterapeuta está apto a planejar, implementar, controlar e executar políticas, programas, cursos, pesquisas ou eventos em saúde pública, contribuindo com planejamento, investigação e estudos epidemiológicos. Também pode participar de câmaras técnicas de padronização de procedimentos em saúde coletiva; avaliar qualidade, eficácia e riscos à saúde decorrentes de equipamentos de uso fisioterapêutico. Além disso, pode promover assistência organizada em acolhimento, atendimento individual, domiciliar, grupos operativos e atividades educativas em equipe (BARBOSA et al., 2011).

Contudo, pela sua própria concepção e formação, a fisioterapia muitas vezes é vista somente como reabilitadora de sequelas e complicações quando a doença já está instalada. Esse conhecimento limitado restringe a atuação do profissional e destaca o pensamento popular, no qual o fisioterapeuta somente está inserido nos espaços tradicionalmente conhecidos (hospitais e clínicas de reabilitação). Nessa linha, predomina a visão que a fisioterapia se destina apenas à recuperação de distúrbios ortopédico-traumatológicos e neurológicos (BISPO JR., 2010).

Atualmente, o processo de formação do fisioterapeuta está direcionado a desenvolver competências e habilidades gerais para atenção à saúde, como ações de prevenção, promoção e proteção da saúde, além da reabilitação individual e coletiva. A graduação tem um perfil mais humanista, crítico, reflexivo e capacitado a atuar em todos os níveis de atenção. No entanto, o discente ainda tem um conhecimento limitado sobre as possibilidades de sua atuação na saúde pública, visto a escassez do número de profissionais nesta área (NAVES; BRICK, 2011).

O fisioterapeuta, quando é visto como um parceiro pela criança, faz com que ela goste da terapia, e assim ele estaria humanizando essa relação. Quando há a terapia lúdica associada à sessão, esta é bem quista, mesmo não sendo possível o fisioterapeuta brincar durante toda sessão, pois a criança reconhece o momento que brinca e passa a ter expectativas para as outras sessões. Vale a ressalva de que a terapia lúdica deve estar sempre vinculada aos objetivos estabelecidos, sendo este um recurso e atividade-meio. A atividade lúdica explorada na fisioterapia difere-se do brincar livre, pois demanda que ela esteja em consonância com os objetivos fisioterapêuticos (FUJISAWA; MANZINI, 2010).

Diante do exposto, percebe-se a importância do diálogo e ludicidade com a qual o fisioterapeuta deve conduzir as consultas, pois as crianças associam a imagem do profissional como um parceiro e a fisioterapia como uma aliada para sua melhora. Com essa condução, os aspectos negativos, como a hospitalização, a convivência com a condição e limitação física, as sessões fisioterapêuticas e os exercícios, os quais a criança associa a dor, o cansaço, dentre outras dificuldades. Isso suscita refletir sobre como conduzir uma prática pedagógica na sociedade contemporânea, que venha priorizar a \”formação de sujeitos para o desenvolvimento autônomo, aberto e criativo\” (GESSER; RANGHETTI, 2011b, p. 114).

A fisioterapia pediátrica é uma especialidade da fisioterapia que trata de recém-nascidos e crianças até o período da puberdade, até aproximadamente 12 anos, com atuação no tratamento de desordens músculos esqueléticos, causadas por patologias adquiridas ou congênitas, prematuridade, déficit de desenvolvimento motor e alterações respiratórias. Este segmento da fisioterapia busca se adequar às particularidades de cada paciente, de modo a tratar a patologia específica dentro de um ambiente lúdico e com técnicas adequadas para a idade do paciente. O principal objetivo da fisioterapia pediátrica é desenvolver o potencial da criança e buscar sua independência como indivíduo, em todas as suas atividades de vida diárias.

O tratamento fisioterapêutico baseia-se em uma avaliação minuciosa do paciente, para realizar um trabalho personalizado, respeitando a individualidade de cada paciente, e um fator muito importante é a participação da família neste momento. O fisioterapeuta ficará responsável por todo processo de reabilitação, deverá ensinar os exercícios para que eles sejam feitos em casa também. Quando bem informados, a família pode contribuir muito no tratamento, diminuindo até o tempo de recuperação da criança. Com a inserção das técnicas da fisioterapia pediátrica na vida das crianças é possível reverter ou minimizar essas doenças, evitando a necessidade futura de tratamentos com fármacos ou mesmo cirurgias. Isso porque a fisioterapia pediátrica fomenta o desenvolvimento de diversas habilidades nas crianças.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão de literatura, onde inclui artigos científicos nos idiomas português e inglês, nas bases de dados das plataformas: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), Google Acadêmico, Medline (via PubMed), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Serão utilizados os seguintes descritores: fisioterapia pediátrica; fisioterapia na saúde primária, fisioterapia no SUS.

Dentre as publicações, serão utilizados artigos científicos completos disponíveis online; de domínio público; nas línguas Portuguesa e Inglesa, publicados a partir do ano de 2010 e que contemplem a temática do estudo.

A seleção dos estudos será dividida em duas etapas. Na primeira etapa, serão avaliados os títulos e resumos das publicações identificadas por meio da estratégia de busca e pré-selecionadas as publicações potencialmente elegíveis. Na segunda etapa, será realizada a avaliação do texto na íntegra das publicações pré-selecionadas para a confirmação da elegibilidade.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para viabilização, uma pesquisa de cunho exploratório e descritivo, com estratégica qualitativa e abordagem de métodos e coletas de dados. Visando assim analisar as publicações relacionadas com a fisioterapia pediátrica. Para a pesquisa foram selecionados artigos do ano de 2010 a 2021, através da coleta em diversas plataformas, como demonstra a estrutura a seguir.

Figura 1: fluxograma da seleção de artigos para confecção do trabalho.

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Para que a pesquisa fosse concretizada, foram elencados 47 artigos científicos das referidas plataformas, onde foram analisados títulos e resumos com intuito de selecioná-los de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, após a filtragem, foram selecionados 11 artigos para discussão deste presente trabalho, conforme descrito na Tabela 1.

Tabela 1: resultados da pesquisa.

AUTOR/ANOTÍTULOOBJETIVOCONCLUSÃO
PEREIRA, 2014Inserção do fisioterapeuta na Atenção Básica de Saúde: estudo bibliográfico.Conhecer o que a literatura especializada em saúde, disponível online, traz a respeito da atuação do fisioterapeuta na Estratégia de Saúde da Família.Evidenciou-se a lacuna quando se trata de produções científicas no que tange a inserção do fisioterapeuta na atenção básica, especialmente na ESF e NASF. Sendo que o enriquecimento do trabalho de um profissional de saúde se dá por meio de investigações é indispensável novas produções sobre o tema.
BARBOSA ET AL, 2011Experiência da Fisioterapia no Núcleo de Apoio à Saúde da Família em Governador Valadares, MG.Averiguar a realidade da atuação da fisioterapia no Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF, em Governador Valadares, MG.Entre as organizações que requerem ampliar serviços voltados a uma melhor atenção à saúde da família, encontra-se o NASF, onde se percebe a necessidade de maior organização, treinamento, planejamento, uma vez que garantir maior atenção integral à comunidade é seu principal objetivo. Nesse caminho, a literatura apresenta a existência de benefícios com a inclusão do profissional no NASF, pois a atuação do fisioterapeuta contribui positivamente para o seu fortalecimento, como um profissional que favorece a atenção às necessidades e reabilitação funcional do usuário do serviço de saúde.
LUTING E MALEZAN, 2015A comunicação da fisioterapia no NASF. Um desafio para a realidade.Elaborar um meio de reflexão sobre o mecanismo de comunicação entre a fisioterapia e os profissionais de saúde que desenvolvem conjuntamente ações de saúde no âmbito da saúde pública em seu binômio Equipe Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF).É preciso melhorar os espaços para diálogo entre as equipes e os profissionais, pois a comunicação é vital para a colaboração mútua; a troca de informações, opiniões, ideias e é um meio facilitador no momento das tomadas de decisão e proporciona a estruturação de redes mais sólidas. Apesar deste trabalho se consistir em uma revisão bibliográfica existe poucos estudos em relação à comunicação na atenção básica com foco ESF/NASF o que se faz necessário realizar mais pesquisas sobre este tema.
NOGUEIRA E FLAUSINO, 2013Inserção do fisioterapeuta na Atenção Básica: Revisão de Literatura.Analisar a inserção do fisioterapeuta na saúde pública, evidenciar as atribuições, diretrizes e implantação do NASF, explanar as atribuições do fisioterapeuta dentro da unidade de saúde e levantar as afirmações sobre a vivência do fisioterapeuta na Unidade Básica de Saúde.A inserção do fisioterapeuta é relevante, já que vem para incrementar a equipe já existente na Saúde Pública, e a nova abordagem pretendida com a implantação do N ASF enriquece as estratégias, além disso, é preciso disseminar o importante papel do fisioterapeuta, a fim de garantir maior participação em todos os níveis de atenção à saúde.
OLIVEIRA E COL. 2012Programa de fisioterapia aplicado no desenvolvimento motor de bebês saudáveis em ambiente familiar.Avaliar as alterações existentes no desenvolvimento motor de bebês a partir de orientações aos pais e ou cuidadores em um programa interventivo de fisioterapia no contexto familiar.Este estudo, através da abordagem de um programa de fisioterapia motora para bebês, permitiu aos participantes e aos avaliadores adquirir conhecimentos sobre as interações que podem ser realizadas no contexto familiar. Com ele objetivou-se avaliar as alterações existentes no desenvolvimento motor de bebês a partir de orientações aos pais e/ou cuidadores em um programa interventivo de fisioterapia no contexto familiar.
REZENDE, 2013A equipe multiprofissional da Saúde da Família: uma reflexão sobre o papel do fisioterapeuta.Contribuir para o debate instituído sobre a composição das equipes de Saúde da Família.A integração proposta depende de diversos fatores, fundamentados no reconhecimento do valor agregado com esta participação. Dentre eles, inclui-se a reflexão sobre o \”o que fazer\” da profissão na Saúde da Família, o que torna relevante e necessário rever a formação dos fisioterapeutas, tendo em vista que, muitas vezes, estão reproduzindo práticas sem refletir sobre elas e sobre o papel que elas ocupam e desempenham na dinâmica social, política, econômica e cultural do país.
ARAÚJO, 2014História da saúde da criança: conquistas, políticas e perspectivas.Identificar mudanças nos indicadores de organização da atenção à saúde da criança em serviços de atenção primária do Estado de São Paulo, Brasil.Os avanços preconizados pelas políticas de atenção à saúde da criança não têm se efetivado plenamente na organização da oferta da atenção integral, ainda que temas relevantes como obesidade infantil e violência sejam abordados em um pequeno número de serviços.
LOPES, 2013Acompanhamento de consulta de crescimento e desenvolvimento infantil (CD) com abordagem multiprofissional – relato de experiência.Acompanhar a progressão das crianças de forma global, contemplando todas as áreas do saber no campo da saúde, a fim de possibilitar uma assistência integral e promover qualidade de vida.A ESF vem se afirmando como processo instituinte capaz de contribuir para a mudança do modelo assistencial no SUS. É preconizado o enfoque da doença para uma modalidade de atenção que contemple a criança no seu processo de desenvolvimento e crescimento, além de propor a garantia da extensão de cobertura de atenção básica com capacidade resolutiva. Nessa perspectiva, há de se compreender que a ampliação da noção de desenvolvimento infantil, inclui a qualidade de vida e o bem-estar das crianças e suas famílias.
ZEPPONE, 2012Monitoramento do desenvolvimento infantil realizado no Brasil.Revisar a literatura científica para verificar como a vigilância do desenvolvimento infantil vem sendo realizada no Brasil.Há necessidade urgente, principalmente frente a uma população emergente de prematuros, que os pediatras façam uma reciclagem do conhecimento sobre o desenvolvimento infantil.
DAVID, 2013Proposta de atuação da fisioterapia na saúde da criança e do adolescente: uma necessidade na atenção básicaElaborar uma proposta de assistência fisioterapêutica na rede básica de saúde objetivando sistematizar esse serviço para a saúde da criança e do adolescente.O fisioterapeuta na atenção primária pode efetivar sua integração na equipe multiprofissional das UBS, no apoio matricial e programas de saúde da família.
OLIVEIRA, 2012Programa de fisioterapia aplicado no desenvolvimento motor de bebês saudáveis em ambiente familiar.Avaliar as alterações existentes no desenvolvimento motor de bebês a partir de orientações aos pais e ou cuidadores em um programa interventivo de fisioterapia no contexto familiar.Quando estimulados de maneira correta em ambiente familiar, os bebês desenvolvem com melhor qualidade seu aprendizado motor. Esse aprendizado inclui, além de exercícios, os brinquedos e jogos oferecidos em seu contexto, estimulando as motricidades fina e ampla, o equilíbrio, a m archa, a memória, etc.

4 DISCUSSÃO

A presença do fisioterapeuta nos NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) significa a principal proximidade da fisioterapia e a AB (Atenção Básica), no que se refere a uma política de saúde. A atuação do fisioterapeuta na AB ainda não é tão descrita na literatura, mas é possível verificar que poderá resultar desdobramentos positivos, a partir desta relação do fisioterapeuta com a AB. A inclusão do fisioterapeuta no NASF traz consigo um fator de potencial restrição, uma vez que a portaria do NASF deixa a critério do gestor a inclusão ou não desse profissional (PEREIRA, 2014).

Consta que as práticas fisioterapêuticas podem ser desenvolvidas em todos os âmbitos de atenção à saúde, entretanto a função mais retratada é a tradicional reabilitadora, tornando o fisioterapeuta pouco colocado para exercer funções mais abrangentes na AB. Entretanto, quando inserido, poderia atuar em cuidados em saúde numa comunidade, reduzindo danos e agravos através de uma prática integral, rompendo o estigma de ser uma profissão apenas reabilitadora (BARBOSA et al, 2011).

Em todo esse processo com relação ao SUS, AB, PSF e NASF fica clara a necessidade da participação do profissional fisioterapeuta para que se possa efetivar um sistema de saúde universal, equitativo, objetivando a promoção da saúde, a prevenção de doenças e a educação da população (LUTING e MALEZAN, 2015).

De acordo com a conclusão de David e col (2013), a atuação do fisioterapeuta na AP (Atenção Primária) de saúde sistematiza a participação do profissional na equipe multiprofissional, de forma transdisciplinar e horizontal, além de caracterizar sua função, que não se restringe apenas à reabilitação, mas também à promoção da saúde, conforme rege o SUS. Por se tratar de uma proposta organizada de inserção deste profissional no nível primário de atenção, pode não só beneficiar o sistema, reduzindo a sobrecarga nos níveis secundário e terciário de assistência, como também viabilizar o acesso da criança e do adolescente à fisioterapia.

NOGUEIRA e FLAUSINO (2013) concluíram que o fisioterapeuta vem suprir uma lacuna nas ações de saúde na UBS (Unidade Básica de Saúde), por meio de apoio às práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade da ESF. A inserção do profissional de fisioterapia na AB pode então contribuir para otimização dos serviços prestados, uma vez que previne o aumento do volume de complexidade da atenção em saúde, reduzindo gastos públicos, além de colaborar com a mudança do modelo assistencial simplificado, evitando o incremento de patologias e suprindo demandas do serviço de fisioterapia pela população assistida.

Contudo, Oliveira e col (2012), através de uma pesquisa sobre abordagem de um programa de fisioterapia motora para bebês, destacaram que os participantes e aos avaliadores adquiriram conhecimentos sobre as interações que podem ser realizadas no contexto familiar. Com este estudo objetivou-se avaliar as alterações existentes no desenvolvimento motor de bebês a partir de orientações aos pais e/ou cuidadores em um programa interventivo de fisioterapia no contexto familiar. Os resultados sugeriram que, quando estimulados de maneira correta em ambiente familiar, os bebês desenvolvem com melhor qualidade seu aprendizado motor. Esse aprendizado inclui, além de exercícios, os brinquedos e jogos oferecidos em seu contexto, estimulando as motricidades fina e ampla, o equilíbrio, a marcha, a memória, etc.

As propostas apontadas pelos autores supracitados defendem que é preciso pensar novas formas de integrar o fisioterapeuta às equipes, com suas atribuições indo além da atividade de reabilitação, fazendo com que ele se envolva e se comprometa com ações de promoção e proteção da saúde, de prevenção de doenças e de assistência. Mais do que inserir o fisioterapeuta na SF (Saúde da Família), aproximando-o da AB, sua integração às equipes compreende a ideia de criar pontos de interseção, tanto nas ações realizadas como entre os profissionais, facilitando e incentivando a adoção de medidas que conformem um olhar e uma prática integral da saúde (REZENDE et al, 2013).

Segundo Araújo et al. (2014, p. 427): \”A formulação de questões veiculadas à doença permite a compreensão das significações que a criança atribui a essa vivência\”, portanto o entendimento da doença faz-se de acordo com a capacidade de compreensão da criança em relação ao tempo que está doente e/ou deficiente, e o quanto de conhecimento prévio ela tem a respeito, sendo este advindo de explicações dadas pelos pais ou pela equipe multiprofissional, podendo ser fruto de recordações de conversas entre adultos.

As falas das crianças precisam ser norteadoras das ações de cuidados, bem como de novas estratégias a serem utilizadas pelos profissionais. Schmitt (2011) a necessidade de incluir o significado social que cada um ocupa em determinado contexto, sendo de suma importância compreender, também, em que espaço e tempo a criança encontra-se com suas determinações, suas ações e suas iniciativas nessa relação profissional e paciente. Quando a criança está envolvida, ela percebe que seus pontos de vista estão sendo valorizados, sente-se respeitada e segura, podendo colaborar para torná-la mais engajada nessa batalha, e, assim, ela passa a cultivar a esperança e a vontade de melhorar, aderindo mais ao tratamento. Ela pode vir a perceber que, se está envolvida e compreende o que acontece com sua saúde, possui certo controle da situação a qual lhe diz respeito, e poderia, quem sabe, policiar-se quanto a suas reações e justificar suas negações.

O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, no Brasil, como uma conduta da Atenção Básica (AB), faz parte da atenção integral à saúde da criança (0 a 6 anos), compreendendo a puericultura, a qual envolve a avaliação do peso, altura, desenvolvimento neuropsicomotor, vacinação e intercorrências, o estado nutricional, bem como orientações à mãe, família ou ao cuidador sobre os cuidados com a criança (alimentação, higiene, vacinação e estimulação) em todo atendimento, não deixando também de registrar todos os procedimentos no cartão da criança (LOPES et al, 2013).

A observação do desenvolvimento na infância constitui uma intervenção preventiva, compreendendo atividades relacionadas à promoção do desenvolvimento normal e à detecção de problemas, inerentes à Atenção Primária à Saúde atividades estas que se apresentam como (APS) (ZEPPONE et al, 2012).

O acompanhamento regular na primeira infância e avaliações do fisioterapeuta, dentro da equipe de saúde, possibilitam identificar precocemente atrasos ou desvios, voltando-se para o apoio à família, particularmente na criança pré-termo, e para a estimulação sensório-motora, com o registro de dados sobre o crescimento e desenvolvimento das crianças acompanhadas na caderneta infantil (DAVID et al, 2013).

De acordo com o que apontam Oliveira et al (2012), há grande importância em orientar profissionais que venham a trabalhar com essa faixa etária, com destaque ao papel do fisioterapeuta neste processo. O fisioterapeuta é um profissional que trabalha com a motricidade humana, ele não trabalha apenas com a doença instalada na criança. Diante disso, pode e deve atuar no sentido de prevenir doenças, promover saúde e estimular o desenvolvimento infantil, inclusive no próprio ambiente em que a criança está inserida, de modo a possibilitar condições devidas para o seu desenvolvimento integral.

Neste cenário, é notório a crescente participação de profissionais de fisioterapeuta nos serviços referentes à atenção primária. O termo prevenir habilita o fisioterapeuta a atuar neste nível de atenção, onde a promoção de saúde e prevenção das doenças têm maior foco. É sua função garantir educação, prevenção e assistência coletiva na atenção básica em saúde, bem como integrar equipes multiprofissionais destinadas a planejar, programar, controlar e executar projetos e programas (DAVID et al, 2013).

Tem sido grande o esforço para se estabelecer a atuação do fisioterapeuta na Atenção Primária (AP), pelo fato de haver menor experiência acumulada nesse nível de atenção, em comparação com serviços de outros níveis de atenção. Isso talvez ainda ocorra por insuficiência da inclusão de conteúdos e competências de AP nas grades curriculares e disciplinas da formação, nos cursos de graduação e também em diferentes propostas de ações nas políticas públicas, caracterizando a atuação do fisioterapeuta com caráter predominantemente curativo e reabilitador (DAVID et al, 2013).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No Brasil, em 1929, na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, iniciou-se as atividades fisioterapêuticas, contudo, apenas em 1951 foi criado o primeiro curso para formação de fisioterapeutas. Em 1959 foi criada a Associação Brasileira de Fisioterapeutas (ABF), que se filiou a WCPT (World Confederation for Physical Therapy), buscando o amparo sociocultural e técnico-científico para o desenvolvimento da profissão. No dia 13 de outubro de 1969, a profissão adquiriu seus direitos, por meio do Decreto-lei nº 938/69, no qual a Fisioterapia foi reconhecida como um curso de nível superior e definitivamente regulamentada.

Ao analisar o histórico da profissão, entende-se o porquê os fisioterapeutas são ainda conhecidos e lembrados como profissionais da reabilitação. Contudo, de acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) o processo de formação do fisioterapeuta está direcionado a desenvolver competências e habilidades gerais para atenção à saúde, como ações de prevenção, promoção e proteção da saúde, além da reabilitação individual e coletiva.

A participação do fisioterapeuta na AB ainda está em processo de implementação. Apesar de que, ainda bastante presente a premissa de que o profissional seja apenas reabilitador, como se este profissional não pudesse atuar na prevenção e na promoção da saúde, para combater este estigma é essencial construir novas mentalidades, pois o fisioterapeuta deve ser visto, sobretudo, profissional de uma atuação preventiva e promotora de saúde.

6. REFERÊNCIAS

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